Ora, o que é o despertar e o que devemos fazer para despertar?
O despertar é o descondicionamento absoluto e completo da mente. A mente de um homem desperto é livre de defeitos, fantasias, pensamentos mecânicos e inconscientes, tensões, comparações e julgamentos.
O processo do pensamento no homem comum é tão insconsciente quanto a escuridão de um abismo oceânico. Cada pensamento é engendrado neste abismo e sobe à superfície numa fração de segundo, criando ondulações e tempestades no grande oceano que é a mente humana.
A Senda da Iluminação é a doutrina da liberação dos processos inconscientes da mente. Quem se livra dos condicionamentos da mente passa a viver no liminar da eternidade, aprende a desfrutar a paz do nirvana e mergulha na sabedoria e na compaixão dos deuses.
A principal ferramenta da Senda da Iluminação é a meditação. É a meditação que aprofunda a percepção, tornando-a tão aguda quanto um bisturi de alta precisão.
Meditar é olhar para dentro de si. Quando olhamos o que ocorre em nossa mente, acabamos nos dando conta de que não passamos de prisioneiros do mundo e de tudo que ele contém. Até hoje acreditávamos que éramos livres, porém a meditação nos faz ver quão escravo somos de nós mesmos.
A mente destreinada é deveras rebelde. Sem que queiramos, ela reage, grita, critica, ataca, malicia, julga, calcula, etc, funcionando à revelia de nossa vontade. Um dos primeiros passos no processo do despertar é estudar, em meditação, todas essas ações reacionárias da mente ordinária.
Os pensamentos geram as sensações e emoções de repulsa e agrado, alegria e tristeza, desprezo e empatia, gostar e não gostar. Enfim, toda reação mental deve ser alvo de uma fina e sutil análise. Não se trata de pensar sobre o que pensamos ou sentimos, e sim, observar (ou auto-observar), sem o uso da razão e do triste ato de comparar ou julgar, todos esses sentimentos, pensamentos e sensações.
Em verdade, a auto-observação se parece mais com o ato de contemplar. Na contemplação é a consciência que atua. A mente não contempla, apenas compara, analisa e julga, enquanto a consciência absorve serenamente aquilo que contempla. Logo, não há desvios e distorções.
O ato de contemplar durante a auto-observação deve ser trabalhado, aperfeiçoado e desenvolvido através da meditação. Quem não medita não desenvolve a capacidade de contemplação, portanto, não desenvolve a auto-percepção e a conseqüente transformação que advém da morte dos defeitos e condicionamentos.
A mente deve se transformar no mais polido e perfeito dos espelhos. O espelho não retém nada, não absorve nada e não distorce nada. Reflete a luz tal como ela surge. A mente de alguém que caminha pela Senda da Iluminação não vive nos pensamentos do passado e tampouco se projeta nos pensamentos do futuro.
A mente iluminada está livre das reações mecânicas de agrado e desagrado, alegria e tristeza, fascínio pelo belo e repulsa pelo feio. A mente iluminada é a “mente natural”, isenta dos obscuros processos do pensamento inconsciente. Ela vive no eterno agora e descansa na placidez onde só existe sabedoria e compaixão.
O recordar e o projetar são distorções do presente. Os apegos, rancores, mágoas, ressentimentos, raiva, nostalgia, gostos e prazeres são como as tempestades oceânicas que castigam o mar e tiram a serenidade das águas límpidas e claras da “mente natural”.
Os medos, preocupações com o que vamos fazer ou como fazer, fantasias, sonhos, devaneios, vaidades, esperanças, ilusões e os planos sem fundamento, são como os peixes que, ao nadarem na imensidão azul do oceano profundo, causam distorções na serenidade mental.
Quando a mente entra em absoluto e total repouso, advém a VERDADE, o novo, o real. Quando isso ocorre, abrimos um canal que nos conecta com o infinito. Um canal que nos une a nossa natureza mais elevada, o princípio e fim de tudo o que fomos e podemos vir a ser.
O homem que crê que seus pensamentos formam sua verdadeira natureza é como o mendigo que, em sua loucura, se crê rei de uma grande nação.
Um homem de luz certa vez disse:
“Eu sonhei que era uma borboleta, brincando no céu; a seguir acordei. Agora eu me pergunto: Eu sou um homem que sonhou ser uma borboleta ou sou uma borboleta sonhando que é um homem”?
Por: Daniel Ruffini
O despertar é o descondicionamento absoluto e completo da mente. A mente de um homem desperto é livre de defeitos, fantasias, pensamentos mecânicos e inconscientes, tensões, comparações e julgamentos.
O processo do pensamento no homem comum é tão insconsciente quanto a escuridão de um abismo oceânico. Cada pensamento é engendrado neste abismo e sobe à superfície numa fração de segundo, criando ondulações e tempestades no grande oceano que é a mente humana.
A Senda da Iluminação é a doutrina da liberação dos processos inconscientes da mente. Quem se livra dos condicionamentos da mente passa a viver no liminar da eternidade, aprende a desfrutar a paz do nirvana e mergulha na sabedoria e na compaixão dos deuses.
A principal ferramenta da Senda da Iluminação é a meditação. É a meditação que aprofunda a percepção, tornando-a tão aguda quanto um bisturi de alta precisão.
Meditar é olhar para dentro de si. Quando olhamos o que ocorre em nossa mente, acabamos nos dando conta de que não passamos de prisioneiros do mundo e de tudo que ele contém. Até hoje acreditávamos que éramos livres, porém a meditação nos faz ver quão escravo somos de nós mesmos.
A mente destreinada é deveras rebelde. Sem que queiramos, ela reage, grita, critica, ataca, malicia, julga, calcula, etc, funcionando à revelia de nossa vontade. Um dos primeiros passos no processo do despertar é estudar, em meditação, todas essas ações reacionárias da mente ordinária.
Os pensamentos geram as sensações e emoções de repulsa e agrado, alegria e tristeza, desprezo e empatia, gostar e não gostar. Enfim, toda reação mental deve ser alvo de uma fina e sutil análise. Não se trata de pensar sobre o que pensamos ou sentimos, e sim, observar (ou auto-observar), sem o uso da razão e do triste ato de comparar ou julgar, todos esses sentimentos, pensamentos e sensações.
Em verdade, a auto-observação se parece mais com o ato de contemplar. Na contemplação é a consciência que atua. A mente não contempla, apenas compara, analisa e julga, enquanto a consciência absorve serenamente aquilo que contempla. Logo, não há desvios e distorções.
O ato de contemplar durante a auto-observação deve ser trabalhado, aperfeiçoado e desenvolvido através da meditação. Quem não medita não desenvolve a capacidade de contemplação, portanto, não desenvolve a auto-percepção e a conseqüente transformação que advém da morte dos defeitos e condicionamentos.
A mente deve se transformar no mais polido e perfeito dos espelhos. O espelho não retém nada, não absorve nada e não distorce nada. Reflete a luz tal como ela surge. A mente de alguém que caminha pela Senda da Iluminação não vive nos pensamentos do passado e tampouco se projeta nos pensamentos do futuro.
A mente iluminada está livre das reações mecânicas de agrado e desagrado, alegria e tristeza, fascínio pelo belo e repulsa pelo feio. A mente iluminada é a “mente natural”, isenta dos obscuros processos do pensamento inconsciente. Ela vive no eterno agora e descansa na placidez onde só existe sabedoria e compaixão.
O recordar e o projetar são distorções do presente. Os apegos, rancores, mágoas, ressentimentos, raiva, nostalgia, gostos e prazeres são como as tempestades oceânicas que castigam o mar e tiram a serenidade das águas límpidas e claras da “mente natural”.
Os medos, preocupações com o que vamos fazer ou como fazer, fantasias, sonhos, devaneios, vaidades, esperanças, ilusões e os planos sem fundamento, são como os peixes que, ao nadarem na imensidão azul do oceano profundo, causam distorções na serenidade mental.
Quando a mente entra em absoluto e total repouso, advém a VERDADE, o novo, o real. Quando isso ocorre, abrimos um canal que nos conecta com o infinito. Um canal que nos une a nossa natureza mais elevada, o princípio e fim de tudo o que fomos e podemos vir a ser.
O homem que crê que seus pensamentos formam sua verdadeira natureza é como o mendigo que, em sua loucura, se crê rei de uma grande nação.
Um homem de luz certa vez disse:
“Eu sonhei que era uma borboleta, brincando no céu; a seguir acordei. Agora eu me pergunto: Eu sou um homem que sonhou ser uma borboleta ou sou uma borboleta sonhando que é um homem”?
Por: Daniel Ruffini